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loteroas,Descubra o Mundo das Apostas Esportivas com a Hostess Mais Popular, Aproveitando Dicas e Estratégias que Podem Aumentar Suas Chances de Ganhar..A eficiência da Censura à imprensa durante a ditadura do Estado Novo decorre, em primeiro lugar, de ser um dos vértices do triangulo em que o regime autoritário assentava a par do Exército e da Polícia Política. Tratava-se, por outro lado de uma máquina bem oleada aos longo de décadas que assumiu um modelo que melhor se adequava à natureza do regime - a censura prévia. O pessoal político da censura sofreu uma evolução significativa ao longo da ditadura mas o traço mais duradouro foi a continuada militarização do aparelho. De facto até 1957 o pessoal da censura à imprensa ( ao contrário do pessoal da censura aos espectáculos) foi exclusivamente militar. Essa característica contribuiu por certo para o exercício disciplinado duma tarefa para a qual não era fácil encontrar critérios uniformes para o seu exercício em partes distintas do país. No final da década de 50 entram não apenas os civis para o aparelho da censura, correspondendo a uma necessidade de especialização face às matérias a censurar e ao aparecimento de uma classe de jornalistas com maior formação académica, como na direção da censura se assiste à hegemonia dum grupo de coronéis que se manterá firme nas ''chefias intermédias'' até ao 25 de Abril, elemento explicativo do estereótipo dos «censores coronéis» que prevaleceu na década de 60 e 70 entre os jornalistas.,No cinema, por exemplo, o regime, além de proibir determinados filmes e cenas, procurou dificultar a transmissão de determinadas ideias para o público menos alfabetizado. Assim, a Lei 2027 de 1948, quando António Ferro dirigia o Secretariado Nacional de Informação, proibia a dobragem de filmes estrangeiros: "''não é permitida a exibição de filmes de fundo estrangeiros dobrados em língua portuguesa nem a importação de filmes de fundo estrangeiros falados em língua portuguesa, excepto os realizados no Brasil''". Esta lei, que hoje em dia agrada a muitos cinéfilos por manter o som original dos filmes não tinha, contudo, qualquer justificação de índole estética: o que se passava era que a legendagem era mais facilmente adulterada, ficando determinadas partes dos filmes sem tradução ou propositadamente mal traduzida, de modo a não focar determinados assuntos proibidos. Mais grave era o que acontecia em Espanha, onde se dobravam os filmes e se colocavam na boca dos actores as palavras que os censores entendiam, sem que o público tivesse oportunidade sequer de confrontar o novo diálogo com o original (o que as legendas permitiam a quem soubesse a língua original). Sobre "Censura e Cinema em Portugal" existe uma obra indispensável, da autoria de Lauro António, que não só relembra a história da censura em Portugal, como documenta o seu exercício durante o Estado Novo, com centenas de exemplos recolhidos directamente dos arquivos da censura..

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loteroas,Descubra o Mundo das Apostas Esportivas com a Hostess Mais Popular, Aproveitando Dicas e Estratégias que Podem Aumentar Suas Chances de Ganhar..A eficiência da Censura à imprensa durante a ditadura do Estado Novo decorre, em primeiro lugar, de ser um dos vértices do triangulo em que o regime autoritário assentava a par do Exército e da Polícia Política. Tratava-se, por outro lado de uma máquina bem oleada aos longo de décadas que assumiu um modelo que melhor se adequava à natureza do regime - a censura prévia. O pessoal político da censura sofreu uma evolução significativa ao longo da ditadura mas o traço mais duradouro foi a continuada militarização do aparelho. De facto até 1957 o pessoal da censura à imprensa ( ao contrário do pessoal da censura aos espectáculos) foi exclusivamente militar. Essa característica contribuiu por certo para o exercício disciplinado duma tarefa para a qual não era fácil encontrar critérios uniformes para o seu exercício em partes distintas do país. No final da década de 50 entram não apenas os civis para o aparelho da censura, correspondendo a uma necessidade de especialização face às matérias a censurar e ao aparecimento de uma classe de jornalistas com maior formação académica, como na direção da censura se assiste à hegemonia dum grupo de coronéis que se manterá firme nas ''chefias intermédias'' até ao 25 de Abril, elemento explicativo do estereótipo dos «censores coronéis» que prevaleceu na década de 60 e 70 entre os jornalistas.,No cinema, por exemplo, o regime, além de proibir determinados filmes e cenas, procurou dificultar a transmissão de determinadas ideias para o público menos alfabetizado. Assim, a Lei 2027 de 1948, quando António Ferro dirigia o Secretariado Nacional de Informação, proibia a dobragem de filmes estrangeiros: "''não é permitida a exibição de filmes de fundo estrangeiros dobrados em língua portuguesa nem a importação de filmes de fundo estrangeiros falados em língua portuguesa, excepto os realizados no Brasil''". Esta lei, que hoje em dia agrada a muitos cinéfilos por manter o som original dos filmes não tinha, contudo, qualquer justificação de índole estética: o que se passava era que a legendagem era mais facilmente adulterada, ficando determinadas partes dos filmes sem tradução ou propositadamente mal traduzida, de modo a não focar determinados assuntos proibidos. Mais grave era o que acontecia em Espanha, onde se dobravam os filmes e se colocavam na boca dos actores as palavras que os censores entendiam, sem que o público tivesse oportunidade sequer de confrontar o novo diálogo com o original (o que as legendas permitiam a quem soubesse a língua original). Sobre "Censura e Cinema em Portugal" existe uma obra indispensável, da autoria de Lauro António, que não só relembra a história da censura em Portugal, como documenta o seu exercício durante o Estado Novo, com centenas de exemplos recolhidos directamente dos arquivos da censura..

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